Descrição da propriedade
Moradia T4 + 1 com bastante potencial situada em Monchique
Deixe-se encantar com esta moradia T4+1 em Monchique com terreno de mais de 4.000m2.
Moradia para renovar com imenso potencial na zona de Pocilgais.
Localização a cerca de 20 minutos de Portimão e 10 minutos do centro de Monchique.
Excelente potencial de investimento tanto para habitação própria ou para rentabilidade.
A moradia está distribuída por três pisos :
Cave com garagem de generosas áreas com espaço para quatro viaturas e ainda área exterior coberta .
Cozinha e duas casas de banho de serviço.
Piso térreo dispõe de um hall de entrada, seguido de sala de estar com mais de 50 m2 com lareira de grandes dimensões.
Encontramos ainda uma casa de banho social e um quarto.
Andar superior tem três quartos em suíte todos com roupeiros embutidos,
o acesso ao terraço de mais de 63 m2 leva-o a vistas deslumbrantes sobre a área verde que esta localidade tem para oferecer.
As áreas exteriores convidam a momentos realmente relaxantes , de mencionar o forno antigo a lenha as arvores de fruto , o espaço verde circundante.
A beleza também cansa pelo que nos transmite em emoção. Basta que a cor seja um grito, basta que as mutações se entrechoquem. Fujamos pois dos azuis, dos vermelhos, dos amarelos, reconfortemos um pouco o espírito cansado. Só o verde nos servirá de bálsamo e Monchique será o próximo ponto a atingir.
A serra, vista de longe, não passa de um bom fundo fotográfico, Deixe de olhar esses terrenos salgados. São tristes e estéreis como a morte.
Corre-nos à esquerda a ribeira de Boia e o solo começa a convulsionar-se. Os montes tomam gradualmente altura, unem-se uns aos outros em pregas profundas e a estrada serpenteia entre barreiras de xisto como um réptil fustigado pelo sol.
A vegetação adensa-se. Acácias perfiladas ladeiam a faixa de rolagem alcatroada, negra, e as pequenas manchas de pinhal descem até nós.
Agora, acácias, cedros e eucaliptos quase se entrelaçam desafiando os raios de sol a atravessar-lhes a folhagem compacta. Um ramal de duas dezenas de metros nos leva até às termas.
Desçamos ao Paraíso. Uma abóbada de folhagem nos protege e a ribeira límpida corre molemente rodeando calhaus ora negros, ora avermelhados. Pequenos olhos de sol marcam na terra castanha círculos luminosos. Uma ponte… Uma pequena cascata… As cigarras cantam e tudo é verde à nossa volta.
A água vai cavando os extratos xistosos, aprofunda-se cada vez mais e o caminho aperta-se, estrangula-se. Em baixo uma represa desconjuntada, mais além o arco de uma ponte.
Um pequeno apontamento. Hortenses azuis… Um lago snob de jardim… Três eucaliptos em cujos troncos meninas românticas cravaram corações e escreveram versos… Uma mesa de pedra… Uma fonte… A fonte dos Amores.
Algumas pedras avantajadas, que pararam ao encontrar qualquer obstáculo, lembram os poios semeados do vale do Zêzere. A caminho de Monchique, as encostas talhadas em socalcos têm por vezes o aspeto dos anfiteatros romanos.
Começada a subida para a Foia olhemos em volta. Na frente o retalho verde suave dos soutos que sobem de um e de outro lado da ribeira da Serra; a nossos pés os degraus de uma escada monumental que desce até ao Pé da Cruz e a norte a vila que parece deitada na aba de um cerro.
Onde encontrou um palmo de terra cultivável, o homem ergueu muros de defesa contra a erosão e plantou jardins. Quão penoso o seu esforço… A água corre por toda a parte. Dá-nos vontade de cair de borco numa prece à terra…
A arborização baixa de densidade à medida que subimos, as arestas vivas das massas de pedra são punhais que procuram ferir-nos, o ar torna-se mais puro, a temperatura desce e a montanha recebe-nos desdenhosamente.
Uma curva larga… A pirâmide da Foia…
Perde-se a noção das distâncias, parece que nos debruçamos ante um mapa em relevo. O Alentejo, na sua vastidão, como que se espreguiça… O recorte da costa surge-nos nítido, vincado… manchas claras de muitas casas juntas. Portimão… Alvor… Lagos… As areias da Meia Praia… Mais longe, Sagres e S. Vicente… E para os lados de Aljezur os montes parecem ventres pejados.