Descrição da propriedade
Moradias T2 em Campos e Vila Meã, Vila Nova de Cerveira
Duas moradias com artigos separados. Uma com R/C e primeiro andar e, a outra térrea. Apresentam-se como um projecto interessante para restauro. Pode muito bem ser a moradia permanente, a moradia de fim-de-semana, na tranquilidade do campo, do rio e da montanha ou ainda para investimento (arrendamento).
As moradais são compostas por dois quartos, uma sala, uma cozinha e uma casa de banho. Tem um átrio espaçoso e solarengo, uma arrecadação para arrumos. Na parte de trás, tem uma garagem e terreno para uma horta e pomar.
Excelente localização e acessos rápidos à N13, A28 e A3, a Espanha e aos concelhos vizinhos.
A respeito da história desta antiga freguesia de Campos, agora Campos-Vila Meã, pode ler-se no livro Inventário Colectivo dos Registros Paroquiais Vol. 2 Norte Arquivos Nacionais.
«A igreja de São João de Campos pertencia em 1258 ao bispo de Tui. Como se documenta na lista das igrejas daquele bispado, situadas em território de Entre Lima e Minho, elaborada em 258-1259. No Censual de D. Diogo de Sousa (1514-1532). no qual se faz o apuramento da contribuição que as igrejas que, tinham pertencido à Sé de Tui, e então incorporadas na diocese de Braga, tinham de pagar à arquidiocese, Campos vem mencionada no concelho de Vila Nova de Cerveira, com a taxa de 160 réis. No entanto, em 1545, no Memorial feito pelo vicário da comarca de Valença, Rui Fagundes, no tempo do arcebispo D. Manuel de Sousa, São João de Campos estava integrada naquela comarca, rendendo 40 mil réis. O censual de D. Frei Baltasar Limpo, na cópia de 1580, utilizada pelo Padre Avelino Jesus da Costa no seu livro "A Comarca Eclesiástica de Valença" refere que SãoJoão de Campos se dividia em duas partes, pertencendo a metade sem cura ao arcebispo in solidum", e a outra, com cura, ao mosteiro de Valboa, a quem competia o direito de apresentação. Em 1582, por provisão do arcebispo D. Diogo de Sousa, e breve do papa Clemente VII o mosteiro de Valboa foi anexado à comunidade beneditina de Santa Ana de Viana. Em 1757, São João de Campos possuía dois abades, tendo cada um de rendimento 150 mil réis. Em 1839 enquadrava-se na comarca de Monção, sendo no ano seguinte anexa à freguesia de Vila Meã. Em 1852 aparece na comarca de Valença. No mapa das côngruas, de 1856, Campos e Vila Meã figuram separadamente, voltando a unir-se em 1864. Neste ano tiveram um pároco comum.»
Seguindo a opinião de outros autores fica-se a saber que foi abadia da apresentação da mitra.
Campos recupera o seu estatuto de freguesia em 13 de Janeiro de 1898, quando do restauro do concelho de Vila Nova de Cerveira. Num pequeno vale da freguesia, em sítio escondido, está uma capela de invocação a Santa Luzia. Esta invocação não deve ir além do século XVII. Ao local ainda dão o nome de Mosteiro, e à bouça próxima chamam Cerca, tendo sido todos os terrenos à volta foreiros de Sant’Ana de Viana do Castelo. Aqui esteve o Mosteiro de Santa Maria de Valboa, da Ordem de S. Bento. A história da sua fundação é hoje uma incógnita. Diz a Coreografia Portuguesa que ela se deve aos senhores da Torre da Silva, seus padroeiros, segundo a tradição. Dele foi abadessa D. Urraca Soares, filha de Soeiro Gonçalves, neta de Gonçalo Pires de Belmir, bisneta de Martin Pires de Belmir, terceira neta de Pedro Soares de Belmir e de sua mulher D. Gontinhada Silva, filha de D. Paio Guterres da Silva, senhor da dita Torre da Silva no tempo de D. Afonso VI, de Leão. Também o conde D. Pedro, no seu Nobiliário, referindo-se aos Silvas, faz menção de Soeiro Gonçalves, filho de Gonçalo Pires — um dos cavaleiros que se acharam com el-rei D. Fernando, o Santo, no cerco de Sevilha pêlos anos de 1248 —, e diz que Soeiro Gonçalves teve uma filha de nome D. Urraca Soeiro, que foi a abadessa de Valboa. Segundo o Registo de Valença, "no ano do Senhor de 1444 Ignez Barbosa foi confirmada abadessa de Santa Maria de Valboa, da Ordem de S. Bento".